Pais de uma adolescente de 15 anos de idade estão revoltados e levaram à polícia um suposto caso de importunação sexual contra a filha, que teria acontecido dentro do Colégio O Bom Pastor, no bairro Cohatrac II, em São Luís.

O caso foi registrado na Delegacia do Cohatrac, na manhã da última sexta-feira (27), após os pais ficarem sabendo que o diretor da escola, Pedro Marques de Melo Sobrinho, teria abusado dela.

"Ela tinha ido pagar o boleto da escola, na sala do financeiro. Enquanto ela preenchia o documento, ele [Pedro] apareceu e disse pra ela preencher na sala dele. Ela disse que ia fazer lá mesmo e, quando a menina do financeiro saiu, ele aproveitou para dar um beijo no rosto e depois na boca dela. Minha filha foi beijada à força dentro da escola pelo diretor", relatou ao g1 Maranhão o pai da adolescente, que preferiu não se identificar.

O pai diz ainda que, logo após o beijo, a filha saiu chorando e procurou a assistente pedagógica da escola, que relatou o caso aos pais. Depois do que soube, o pai contou que foi buscar a filha e ainda tentou falar com o diretor, mas ele não foi encontrado.

"A diretora, a Francisca, esposa dele, disse até que que não tinham como pegar as câmeras. Eu preferi levar logo o caso à delegacia e cuidar da minha filha", relatou o pai.

Após o registro policial, o delegado Jacqueson Ferreira informou que acionou agentes para prender o diretor em flagrante, mas ele teria fugido.

"Procuramos em vários endereços, mas ele não foi encontrado de jeito nenhum. Daí, como caso envolve uma menor e mulher, encaminhamos os pais para a Casa da Mulher Brasileira, para prosseguir o processo por lá", declarou o delegado.

Ao chegar na Casa da Mulher Brasileira, o registro do caso foi encaminhado para a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), em São Luís, que deve prosseguir com as investigações.

O g1 tentou, mas não conseguiu encontrar o diretor Pedro Marques para se posicionar sobre a denúncia. O colégio O Bom Pastor também não quis comentar o assunto. Em nota, porém, a instituição afirmou que confia nas investigações.

"O Colégio O Bom Pastor, por força do Estatuto da Criança e do Adolescente e da Lei Geral de Proteção de Dados, é proibido de repassar toda e qualquer informação acerca de casos que envolvam menores de idade e seus familiares. Desta forma, confiamos nas investigações que serão naturalmente feitas pela Polícia Civil e pelo Poder Judiciário, prestando todo o auxílio necessário ao deslinde de qualquer procedimento", declarou.