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Quase 400 famílias estão desabrigadas devido à cheia de rios no Maranhão; 8 cidades decretaram emergência Quase 400 famílias estão desabrigadas devido à cheia de rios no Maranhão; 8 cidades decretaram emergência
Ao todo, 394 famílias estão desabrigadas e 800 desalojadas devido a cheia dos rios no estado e oito cidades já decretaram situação de emergência.
Por Werbete | 21/03/2024 - 20h29
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Oito das 217 cidades do Maranhão decretaram situação de emergência devido ao aumento do nível dos rios MearimPindaré Itapecuru, que subiram devido as chuvas que atingem parte do Estado. Ao todo, 394 famílias estão desabrigadas e 800 desalojadas devido a cheia dos rios.

Segundo a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil já decretaram situação de emergência as cidades de: Formosa da Serra Negra, São Roberto, São João do Sóter, Tuntum, Monção, Pindaré-Mirim, Conceição do Lago Açu e Trizidela do Vale.

A expectativa é que março seja o mês mais chuvoso do ano. Com as chuvas, nesta quinta-feira (21), o nível do rio Mearim tem subido de forma gradual e chegou a 7,29 metros. As cidades mais atingidas com a cheia são Pedreiras e Trizidela do Vale, localizadas na região do Médio Mearim.

rio Pindaré está com 13,10 metros acima do nível normal. Já o rio Itapecuru, subiu quatro metros acima do nível normal e por isso, entrou na rota de atenção para enchentes.

Cidades atingidas

 

 

Pedreiras (MA) é uma das cidades mais atingidas pelas chuvas no Maranhão — Foto: Reprodução/TV Mirante

Em Pedreiras, a 245 km de São Luís, mais de 150 famílias entre desabrigadas e desalojadas, estão em 17 abrigos montados em espaços públicos na cidade.

A Defesa Civil de Pedreiras diz que, como o Rio Mearim subiu gradativamente, houve mais tempo para que a cidade pudesse iniciar o plano de contingência, fazendo a retirada das famílias de suas casas antes que a água pudesse chegar as casas.

A situação é diferente do ano passado, quando a cheia do rio provocou uma grande inundação na cidade, considerada a maior da história de Pedreiras. Com isso, o Governo Federal chegou a decretar situação de emergência na área.

 
"Esse ano, o rio subiu de forma gradual. Então, como a gente já havia se preparado em fevereiro, ativado o plano de contingência, foi tempo suficiente para que pudéssemos fazer a retirada das famílias, salvaguardando também os bens. Era uma grande preocupação da nossa equipe", disse Rai Brito, Defesa Civil de Pedreiras.

 

Em Trizidela do Vale, cidade a 282 km da capital maranhense, 139 famílias estão desabrigadas em 16 abrigos públicos montados na cidade. Além disso, 90 famílias que também foram atingidas pelas cheias estão em casas de parentes ou amigos, segundo o último balanço da Defesa Civil do município.

Muitas famílias permanecem em abrigos aguardando o nível da água baixar, para que eles possam retornar para suas casas. "Decidi sair antes da água entrar, porque todo ano ela entra. Vai fazer um mês, dia 26, que estou aqui, sempre venho para abrigos", disse Neuza de Sousa, aposentada.

 

O que dizem as autoridades?

 

Ao g1, equipes das prefeituras de Trizidela do Vale e de Pedreiras afirmaram que estão trabalhando para que as famílias atingidas e que estão em áreas de risco saiam dos locais antes que as áreas fiquem alagadas. Em seguida, as famílias são orientadas para seguirem para abrigos públicos ou casa de parentes.

Já a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil do governo do estado informou que em cidades com registros de danos causados pelas chuvas, a instituição presta o devido apoio, em ação conjunta com as Coordenadorias Municipais. E, além disso, a Defesa Civil Estadual segue monitorando as chuvas para prevenir ocorrências, promover as medidas necessárias e atender as comunidades.

O órgão destaca, ainda, que as famílias afetadas são auxiliadas pelas Coordenadorias municipais e pelos programas do Governo do Estado, por meio da mobilização de efetivo do Corpo de Bombeiros, via Defesa Civil, e no fornecimento de alimentação, proveniente da rede de Restaurantes Populares, além de mantimentos como água, colchões, itens de higiene pessoal e outro, fruto de aquisição em parcerias e doação. 

 

Cuidados em áreas de risco

 

A Defesa Civil do Maranhão orienta que, em situações de chuvas intensas, a população mantenha distância segura de trechos afetados e/ou em que o solo esteja encharcado, o que aumenta o risco de desmoronamentos ou deslizamentos.

A Defesa Civil alerta, também, que ao verificar riscos de alagamentos na cidade, deve-se procurar as autoridades de defesa como Corpo de Bombeiros e a própria Defesa Civil, por meio dos telefones 193 e 199, informando quais são as áreas afetadas pelas cheias. Além disso, a Defesa Civil recomenda que:

➡️ Avise aos seus vizinhos sobre o perigo e, se possível, convença as pessoas que moram nas áreas de risco a saírem de casa durante as chuvas;
➡️ Se precisar retirar algo da sua casa após a inundação, peça ajuda à Defesa Civil ou ao Corpo de Bombeiros;
➡️ Coloque documentos e objetos de valor em um saco plástico bem fechado e em local protegido;
➡️ Não use equipamentos elétricos que tenham sido molhados ou em locais inundados, devido o risco de choque elétrico ou curto-circuito.

 

🌧️ Vem mais chuva por aí!

 

E a previsão é de mais chuva para as áreas. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu nesta quinta-feira (20), mais dois alertas, laranja e amarelo, de chuvas intensas para o Maranhão. Os avisos se entendem até as 10h desta sexta-feira (21).

⚠️ Um dos alertas, de cor amarela, engloba as cidades que foram atingidas pela cheia do Rio Mearim. Veja, abaixo, mais informações sobre dois tipos de alerta emitidos:

🟡Alerta amarelo de perigo potencial: Compreende as regiões Oeste, Norte, Leste e Centro do Maranhão. Nessa área, pode chover entre 20 e 30 mm/h ou até 50 mm/dia, com ventos intensos de 40-60 km/h.

🟠 Alerta laranja de alto grau de perigo: Prevê chuva para as regiões Oeste, Norte, Leste e Centro do Maranhão, com precipitação entre 30 e 60 mm/h ou 50 e 100 mm/dia, além de ventos intensos entre 60 a 100 km/h. Nessas regiões, ainda existe risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas.

O Inmet alerta que em caso de rajadas de vento, durante as chuvas, a população não deve se abrigar debaixo de árvores, devido ao risco de queda e descargas elétricas. Além disso, não é recomendado estacionar veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda, além de não usar aparelhos eletrônicos ligados à tomada.

Fonte: G1