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PIB do Maranhão deve crescer 4,1% em 2017
É o que prevê o Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (Imesc), responsável pelo Boletim de Conjuntura Econômica Maranhense!
Por Redação | 16/01/2017 - 15h20
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É o que prevê o Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (Imesc), responsável pelo Boletim de Conjuntura Econômica Maranhense; segundo dados de 2016, apesar da provável retração do PIB nacional na casa de 3,5% em 2016, o Maranhão registrou alta de 8,1% na arrecadação tributária no primeiro quadrimestre do ano, o que se explica pela racionalização dos regimes de incentivos fiscais e pelo combate à sonegação fiscal; a alta na arrecadação não será suficiente para conter a queda do PIB estadual, prevista para 3,2% neste ano; no ano passado, o PIB teve baixa de 3,3%.

Maranhão 247 - Apesar da provável retração do Produto Interno Bruto (PIB) nacional na casa de 3,5% em 2016, o Maranhão registrou alta de 8,1% na arrecadação tributária no primeiro quadrimestre do ano, o que se explica pela racionalização dos regimes de incentivos fiscais e pelo combate à sonegação fiscal. A alta na arrecadação não será suficiente para conter a queda do PIB estadual, prevista para 3,2%, após uma baixa de 3,3% no ano passado. Para o ano que vem, no entanto, o PIB maranhense deve crescer 4,1% por conta de alguns fatores, como o provável crescimento na produção agropecuária, que estará livre complicações climáticas. Se as estimativas forem confirmadas, o agricultura do Maranhão deve crescer 16,5% após retração neste ano provocada principalmente pelo fenômeno El Nino. A indústria deve crescer 1% e o setor de serviços, 2,5%. Os dados são do Boletim de Conjuntura Econômica Maranhense, do Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (Imesc), lançado nessa quarta-feira (20).

O cenário econômico nacional tem forte impacto na realidade estadual, uma vez que gera forte retração nas transferências correntes federais, a exemplo do Fundo de Participação do Estado (FPE) com perda de R$ 1,3 bilhão na arrecadação do Estado entre janeiro de 2015 e junho de 2016.

O estado sofre de maneira muito intensa a recessão nacional, devido à forte retração nas transferências correntes, que registraram queda real de 14,3% no primeiro quadrimestre de 2016 em comparação com o mesmo período de 2015, acumulando mais de R$ 1,3 bilhão de perda de arrecadação no Estado entre janeiro de 2015 e junho de 2016. As transferências correntes representavam em 2015 cerca de 48% das receitas totais do Estado.

De acordo com o boletim, o Maranhão também é prejudicado com a paralisação do Programa Minha Casa Minha Vida e de outras obras de infraestrutura federais, a exemplo da duplicação da BR-135.

Agropecuária e os fatores climáticos

Com uma retração estimada em 14,3% para este ano, a agropecuária é responsável por 1,9% do declínio previsto no PIB estadual, de 3,2% - em 2015 o setor registrou crescimento de 9,3% no estado.

Fatores climáticos adversos são outro componente do stress que afeta a economia maranhense em 2016. A estiagem decorrente do fenômeno "El Niño", que atingiu de forma mais violenta (embora não exclusivamente) o sul do Estado, foi a principal causa da perda de 52,3 mil ocupações no setor agropecuário do estado entre o pri- meiro trimestre de 2015 e o primeiro trimestre de 2016.

As perdas se concentraram em ocupações precárias (a grande maioria na agricultura familiar). Além disso, um contingente 21,4 mil trabalhadores, provavelmente egressos da agricultura familiar, se somaram aos empregados sem carteira do setor agropecuário maranhense. Tais dados sintetizam um quadro das graves dificuldades vividas por uma expressiva parcela da população rural.

Indústria e Serviços

Os dados do boletim aponta para uma estabilidade na indústria, com queda de 0,1% prevista para 2016 - no ano passado o setor teve retração de 5,9% Na indústria extrativa verificou-se uma redução de 19% na produção de gás no primeiro quadrimestre deste ano. Na indústria de transformação, o número de demissões líquidas nos cinco primeiros meses deste ano aumentou de 144 em 2015 para 846 no mesmo período de 2016. No setor da construção civil o número de demissões subiu de 4.100 para 8.099.

As estatísticas mostram que, na área de serviços, deve haver uma retração de 2% em 2016 - em 2015 a baixa foi de 5%. O comércio continua e forte queda, com -7,3% nos quatros primeiros meses deste ano.

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