topo
Fiocruz alerta para o crescimento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave, no Maranhão Fiocruz alerta para o crescimento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave, no Maranhão
Hospitais registram demanda crescente de crianças com sintomas graves.
Por Werbete | 22/05/2023 - 19h21
Compartilhar no Whatsap

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) constatou o crescimento no número de crianças com sintomas da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Entre os meses de março e abril deste ano, 36% dos leitos pediátricos nos hospitais públicos no Maranhão foram ocupados.

A Secretaria Municipal de Saúde (Semus), por sua vez, informou que 63 crianças com influenza foram atendidas em unidades hospitalares sob responsabilidade da prefeitura. Nenhuma criança, porém, chegou a ser internada.

Um boletim divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), na última sexta-feira (19), indicou o crescimento de internações de crianças por SRAG, em todo o Brasil. De acordo com o órgão, há tendência de alta nas internações, em 19 estados. Em 13 unidades federativas, contudo, o aumento de internações infantis é volumoso.

Para o pesquisador e coordenador do novo Boletim do InfoGripe da Fiocruz, Marcelo Gomes, há difusão de diversos tipos de vírus, no Maranhão. Entre as crianças, o vírus sincicial respiratório tem sido um dos mais presentes.

“O aumento, semana após semana, das novas internações associadas à Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) nas crianças pequenas, especialmente entre este público, até os dois a quatro anos de idade, o [vírus] sincicial é o que a gente tem observado mais, mas a gente também vê Influenza B associada. Em algumas crianças muito pequenas, uma ou outra associada à Covid-19. Então, tem uma série de vírus respiratórios que estão presentes entre a população; que estão circulando”, disse.

O boletim disponibilizado pela Fiocruz indica, também, uma intensificação no número de pacientes hospitalizados com influenza, entre o público adulto.

“Por isso, é tão importante a gente lembrar da vacinação. A gente está falando de Influenza B, observando internações, e a influenza B tá contemplada na vacina da gripe. A vacina da gripe contém influenza A, contém influenza B, e essa vacina é justamente para diminuir o risco de internações”, afirmou Marcelo Gomes, ao destacar a importância da imunização no combate à doenças respiratórias.

 

Preocupação com a SRAG cresce, no Brasil

 

As síndromes gripais e respiratórias agudas graves têm se tornado um alerta nacional. O estado do Amapá, preocupado com o crescente número de casos, decretou emergência em saúde pública.

Em resposta, foi organizada uma força-tarefa para atuar no estado, durante a vigência do estado de emergência sanitária. O Maranhão se juntará à ação, enviando 96 profissionais da saúde para o Amapá, nos próximos dias. A equipe maranhense será responsável por coordenar a instalação de 30 novos leitos de UTI e enfermaria no Hospital Universitário do Amapá, contando com médicos, enfermeiros, técnicos, fisioterapeutas e residentes.

"Existem dois editais abertos: um, da própria Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), que são profissionais da própria EBSERH, de todo o país, que podem se escrever, e existe um edital do Ministério da Saúde, no qual qualquer profissional pode entrar e se candidatar. A nossa ideia [no Amapá] é de montar e estruturar os processos, e o primeiro momento da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é para também agregar quem for chegando dentro desses processos de trabalho", explicou Tereza Gomes, coordenadora da ação médica, no Maranhão.

O que é a influenza?

 

A gripe é uma infecção aguda do sistema respiratório, provocada pelo vírus da influenza, que tem grande potencial de transmissão.

Existem quatro tipos de vírus da gripe: A, B, C e D. Os dois primeiros são mais propícios a provocar epidemias em ciclos anuais, enquanto o C costuma provocar alguns casos mais leves e o D não é conhecido por infectar ou causar doenças em humanos.

A vacinação anual contra a influenza permite, ao longo do ano, minimizar a carga do vírus e prevenir o surgimento de complicações, reduzindo os sintomas nos grupos prioritários além de reduzir a sobrecarga sobre os serviços de saúde.

Fonte: G1