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Três ex-prefeitos, vereador e filha de ex-prefeito são presos em operação que apura desvios de mais R$ 100 milhões em recursos públicos no MA Três ex-prefeitos, vereador e filha de ex-prefeito são presos em operação que apura desvios de mais R$ 100 milhões em recursos públicos no MA
Operação do Ministério Público do Maranhão (MP-MA) aconteceu nesta quarta-feira (13). Segundo as investigações, houveram desvios de recursos públicos nas cidades de Cantanhede, Matões do Norte e Pirapemas.
Por Werbete | 13/12/2023 - 22h04
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Uma operação do Ministério Público do Maranhão (MP-MA) em conjunto com a Polícia Civil prendeu, nesta quarta-feira (13), três ex-prefeitos das cidades de Cantanhede, Matões do Norte e Pirapemas em uma investigação que apura o desvio de dinheiro público. As prisões aconteceram nas cidades de São Luís e Matões do Norte. Foram presos:

 

Marco Antônio Rodrigues de Sousa, o “Ruivo”: ex-prefeito de Cantanhede;

Domingos Costa, o “Padre”, ex-prefeito de Matões do Norte;

Eliseu Moura, ex-prefeito de Pirapemas e ex-deputado estadual;

Melissa Moura, filha do ex-prefeito de Pirapemas;

Gessivaldo Mendes, vereador de Matões de Norte.

As investigações apontam desvios de dinheiro público na locação de veículos usados por secretarias em Cantanhede, em um arrendamento de um posto de combustível em Matões do Norte e nas obras de construção de uma ponte sob um rio em Pirapemas. Estima-se que, juntos, os desvios tenham causado prejuízos de mais de R$ 100 milhões aos cofres públicos.

Marco Antônio Rodrigues de Sousa, ex-prefeito de Cantanhede; Eliseu Moura, ex-prefeito de Pirapemas e ex-deputado estadual e Domingos Costa, ex-prefeito de Matões do Norte.

Marco Antônio Rodrigues de Sousa, ex-prefeito de Cantanhede; Eliseu Moura, ex-prefeito de Pirapemas e ex-deputado estadual e Domingos Costa, ex-prefeito de Matões do Norte. 

 

 

O empresário Tiago Robson de Carvalho Lima, envolvido em desvios de dinheiro em Cantanhede, está foragido. Ele é citado no inquérito que investiga o caso.

 

A operação chamada de Maat (deusa egípicia da Justiça) teve origem em três investigações sobre corrupção e desvios de dinheiro. A investigação acontecia há três anos e era liderada pela Promotoria de Justiça de Cantanhede e contou com o apoio das superintendências da Capital (SPCC) e do Interior (SPCI) e o Setor de Inteligência.

 

Segundo o Ministério Público, os envolvidos foram denunciados associação criminosa, corrupção passiva e ativa, falsificação material e ideológica de documentos públicos e particulares, uso de documentos falsos, peculato, lavagem de capitais e fraudes em licitações.

 

Após serem presos, eles foram levados da Delegacia de Roubos e Furtos, em São Luís, para o Instituto Médico Legal (IML) onde vão passar por perícia.

Desvios em locação de veículos

O Ministério Público do Maranhão aponta que houveram desvios de recursos na locação de veículos usados pelas secretarias municipais de Cantanhede, cidade a 154 km de São Luís.

 

O contrato foi firmado com a empresa que pertencia ao empresário Tiago Robson Lima e não tinha veículos cadastrados. Segundo o MP, o ex-prefeito Marco Antônio Rodrigues, contratava motoristas e veículos por um preço abaixo do mercado.

 

O contrato com a empresa fraudulenta durou um ano e gerou um prejuízo de R$ 1 milhão aos cofres públicos.

 

Arrendamento de posto de combustível

Em Matões do Norte, cidade a 138 km de São Luís, o Ministério Público apontou desvios de dinheiro em um arrendamento de um posto de combustíveis na cidade, antes mesmo de haver uma licitação formal de fornecimento de combustível para a cidade.

 

O Ministério Público aponta que o mesmo posto de combustível havia sido contratado pelo Município por meio de uma licitação fraudada. Os recursos eram desviados diretamente para o ex-prefeito da cidade, Domingos Costa e houve o envolvimento do vereador Gessivaldo Mendes.

 

Estimativas apontam que o negócio fraudulento causou um rombo de R$ 1.058.620,49 nos cofres públicos.

 

Construção de ponte

 

Em Pirapemas, a 180 km de São Luís, o foco do Ministério Público foram desvios em uma obra de construção de uma ponte sob o Rio Pirapemas que não chegou a ser executada. A estimativa é que mais de R$ 100 mil tenham sido desviados.

 

Segundo o Ministério Público, na época, as contas da obra foram prestadas com a imagem de outra obra. O ex-prefeito e deputado estadual, Eliseu Moura e sua filha, Melissa Moura, foram apontados como suspeitos nos desvios.

 

O MP aponta que o ex-prefeito possui mais de R$ 2 milhões em condenações de ressarcimento ao erário pelo Tribunal de Contas.

 

 

 

Fonte: G1