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Campeãs olímpicas Martine Grael e Kahena Kunze dominam na vela e conquistam ouro no Pan de Lima Campeãs olímpicas Martine Grael e Kahena Kunze dominam na vela e conquistam ouro no Pan de Lima
No último dia de disputas da modalidade, além das velejadoras na 49erFX, o Brasil conquistou mais dois ouros, na fórmula kite e sunfish, uma prata, na lightning, além de um bronze, na snipe.
Por Redação /F | 10/08/2019 - 19h13
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Campeãs olímpicas na Rio 2016, as velejadoras Martine Grael e Kahena Kunze, ambas de 28 anos, foram dominantes na disputa da vela na classe 49er FX e saíram com sua primeira medalha de ouro em Jogos Pan-Americanos. Além delas, quem também festejou uma medalha foi Bruno Lobo, que não deixou o primeiro lugar escapar na Fórmula Kite, Matheus Dellagnelo, ouro na Sunfish, o trio Cláudio Biekarck, Gunnar Ficker e Isabel Perugini, que terminou em segundo na classe lightning, e a dupla Juliana Diuque e Rafael Britto, bronze, na snipe.

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- É maravilhosa a sensação. Batemos na trave em Toronto, pegamos prata, quando perdemos para a Argentina. É sempre complicado perder para essa adversária, ganhar com antecedência foi especial porque você relaxa - festejou Kahena.

As regatas foram disputadas na paradisíaca Baía de Paracas, em Ica, a cerca de 250km de Lima, capital do Peru e, como vinham na frente, Martine e Kahena só precisavam completar a prova da medal race neste sábado para confirmar o primeiro lugar no pódio. As meninas ficaram em terceiro, atrás da Argentina e do Canadá, garantindo o título.

 

O ouro deu a dupla a Tríplice Coroa dos eventos esportivos: além do título na Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016, elas venceram o Mundial em Santander, na Espanha, em 2014, e agora os Jogos Pan-Americanos de Lima 2019. Entre as mulheres, além delas, somente a judoca Rafaela Silva também conquistou uma Tríplice Coroa. No masculino, também chegaram ao feito: o ginasta Arthur Zanetti, o nadador César Cielo e o velejador Robert Scheidt.

- Podemos dizer que esse era o título que faltava. Temos uma série de campeonatos ainda e temos que deixar comemoração mesmo para setembro, mas estamos muito felizes - frisou Martine, lembrando que elas terão pela frente o evento-teste em Tóquio, para onde viajam neste sábado.

A regata da 49erFX estava inicialmente prevista para a sexta-feira, mas, devido ao vento excessivo, foi suspensa para este sábado.

As atletas Martine Grael e Kahena Kunze fizeram história no Pan de Lima também ao entrarem juntas na cerimônia de abertura como porta-bandeiras da delegação do Brasil. Foi a primeira vez que o país teve uma mulher carregando sua bandeira e também a primeira vez em que duas atletas tiveram essa função. O COB chegou a temer que a PanAm não liberaria, mas deu certo.

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Martine e Kahena vão buscar o bicampeonato olímpico em Tóquio 2020. Elas conquistaram esse direito no Campeonato Mundial de classes olímpicas de 2018, realizado em Aarhus, na Dinamarca. A competição colocou em jogo 101 vagas em Tóquio, 40% da cota total.

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O Brasil voltou da disputa com a classificação garantida em três classes. Além das duas no 49er FX, asseguraram a vaga do país: João Pedro Souto de Oliveira, na Laser; e Samuel Albrecht e Gabriela Nicolino, na Nacra 17. Marco Grael e Gabriel Borges, campeões do Pan de Lima na 49er, levaram a vaga para o país e tentam se confirmar como representantes através do índice nacional.

A segunda medalha de ouro neste último dia de competições da vela nos Jogos Pan-Americanos de Lima foi conquistada por Bruno Lobo, na fórmula kite, que assim se tornou o primeiro campeão da classe estreante na competição continental. O primeiro lugar no pódio foi assegurado após duas vitórias e um segundo lugar nas regatas disputadas neste sábado.

- Estou muito feliz, acho que ainda não caiu a ficha, era um sonho e parecia distante, mas aconteceu. Não só participei, mas ganhei a medalha de ouro. Me dediquei muito e agradeço a todos na torcida. A vela representou muito bem. É mais uma medalha, um trabalho bem feito e estão todos de parabéns - enfatizou Lobo.

Para finalizar a trinca de ouros, Matheus Dellagnelo chegou em segundo lugar na medal race da sunfish e foi o suficiente para assegurar o lugar mais alto do pódio.

- É um gosto muito especial, minha primeira vez foi em 2011, era meu mundo, treinava, era atleta profissional. Aqui, consegui a vaga em cima da hora, não participava de uma competição há muito tempo. Então, estou muito feliz. Tenho uma empresa, mas vou tentar sempre estar presente na vela - disse Dellagnelo.

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Prata para o recordista em particIpações nos Jogos Pan-Americanos

 

Em sua décima participação em Jogos Pan-Americanos, Cláudio Biekarck, aos 68 anos, conquistou sua medalha de número dez ao chegar em segundo na classificaçaõ geral da classe Lightning. O recordista brasileiro em participações na competição conseguiu o feito ao lado de Gunnar Ficker, de 64, e Isabel Ficker, de 35.

 Biekarck já tinha em seu currículo em Jogos Pan-Americanos: uma medalha de ouro (Caracas 1983), quatro de prata (Cidade do México 1975, Mar del Plata 1995, Indianápolis 1987 e Winnipeg 1999) e quatro de bronze (Havana 1991, Rio 2007, Guadalajara 2011 e Toronto 2015).

- Foi muito bom. Passamos por umas situações engraçadas. Uma vez fui pegar um brinde no hotel, e uma moça me disse que era somente para atleta (risos). É um prazer estar aqui de novo. Queríamos uma medalha e sabíamos que não seria fácil. Estamos muito contentes - festejou Biekarck.

 A medalha de prata foi conquistada com o terceiro lugar na Medal Race, corrida da medalha, deste sábado. O ouro ficou com os argentinos Javier Conte, Ignacio Giammona e Paula Salerno, e, o bronze, foi para os chilenos Felipe Robles, Andrés Guevara e Paula Herman.

Além do lugar ao pódio, quem teve motivos extras para comemorar foi Ficker. Afinal, além de competir ao lado do amigo de longa data, sua parceira no barco foi a própria filha, Isabel.

- É amigo, mas como se fosse irmão. Velejamos juntos desde 1969. Não tenho palavras pela alegria de competir com a minha filha, depois de conseguir uma medalha. É um presentão por antecipação de dia dos pais. Estou muito emocionado - contou Ficker, que totalizou sua terceira medalha em Pan-Americanos, porque tinha dois bronzes (Guadalajara 2011 e Toronto 2015).

 Já Isabel não escondeu a emoção por em sua estreia em Jogos Pan-Americanos ter conseguido uma medalha. E também o fato de ter tido em seu pai um exemplo no esporte.

- Foi a primeira vez no Pan, velejei em classes de vela mais jovem. Da outra vez eu não vim porque meu filho tinha acabado de nascer. Meu pai é um exemplo para mim como pessoa, como ser humano. É muito bom estar aqui - disse Isabel.

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Bronze na snipe

 

Os baianos Juliana Duque e Rafael Britto conquistaram a medalha de bronze na classe snipe. Eles, que são casados, celebraram muito o feito, principalmente, por terem disputado pela primeira vez uma edição de Jogos Pan-Americanos.

- Para a gente é muito importante porque é o nosso primeiro Pan, um sonho realizado, estamos muito felizes. O fato de sermos casados faz com que tenhamos uma sintonia muito grande. Ajuda a manter a calma também - frisou Juliana.

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Britto destacou as dificuldades por treinarem na Bahia e lembrou que elas só deram mais força ao casal. E ressaltou a sintonia com a mulher.

- A gente é da Bahia, fora do eixo Rio-SP, temos algumas dificuldades lá no Nordeste, mas nós dedicamos muito para conseguir essa medalha. Somos casados há um ano e pouco, nos apaixonamos no esporte e isso traz ainda mais alegria. Vamos preparar uma grande festa na Bahia - celebrou Britto.

 

O primeiro lugar da snipe ficou com os americanos Ernesto Rodriguez e Hallie Schiffmann e, a prata, com os uruguaios Ricardo Fabini e a Florencia Parnizari.

 

O Pan de Lima

 

O Pan de Lima reúne cerca de 6.580 atletas de 41 países das Américas. Dos 39 esportes, 22 valem como classificação para os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020. No total, o Brasil terá 485 atletas em ação na capital do Peru. E os canais SporTV transmitem ao vivo os principais eventos até o dia 11 de agosto.

Fonte: GI MA

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