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Em todos os casos de feminicídio no Maranhão, a mulher não procurou a polícia Em todos os casos de feminicídio no Maranhão, a mulher não procurou a polícia
Desde o início do ano, o Maranhão registrou 33 casos de feminicídio, cinco a mais do que o mesmo período no ano passado.
Por Redação /F | 20/08/2019 - 11h18
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Um levantamento realizado pela Delegacia da Mulher, aponta que, em todos os casos de feminicídio no Maranhão, a mulher não havia procurado ajuda da polícia.

Desde o início do ano, o Maranhão registrou 33 casos de feminicídio, cinco a mais do que o mesmo período no ano passado. Em nenhum dos casos de morte, as vítimas tinham pedido a medida de proteção.

Em 2017, a Patrulha Maria da Penha foi criada no Maranhão para proteger as vítimas de agressão e garantir o cumprimento de medidas protetivas determinadas pela Justiça. Como as que proíbem a aproximação de agressores as vítimas ou as que retiram o agressor do convívio com a companheira.

De acordo com a coordenadora estadual da Patrulha Maria da Penha, Augusta Andrade, é necessário que a mulher entre em contato com a polícia caso a medida não seja cumprida.

“Muitas das vezes os agressores já entenderam a situação, cada um vai viver a sua vida, mas tem uns que não entendem e continuam fazendo ameaças. Nesses casos é aconselhável que em qualquer mensagem ou ligação a mulher nos repasse. A partir disso encaminhamos um pedido a Justiça para realizar a prisão preventiva do agressor”, explicou.

Em dois anos, mais de 4 mil mulheres já foram atendidas. A média é de 20 atendimentos todos os dias, 88 homens já foram presos pela Patrulha porque descumpriram a ordem judicial. Segundo a delegada da mulher, Kamuzi Tanaka, a medida protetiva pode evitar o feminicídio.

“A solicitação da medida protetiva tem ajudado e tem salvado vidas, evitando situações de violência praticadas contra a mulher. Evitando que chegue até o ápice da violência, que é o feminicídio”, finalizou.

Fonte: G1 MA

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