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Dona de casa em que foi encontrada ossada humana em meio a mais de 100 cães tinha curador, mas estava abandonada Dona de casa em que foi encontrada ossada humana em meio a mais de 100 cães tinha curador, mas estava abandonada
Curador era legalmente constituído pela Justiça, mas dona Camélia vivia só. Laudo do IML pode confirmar que a ossada encontrada em residência no Cohaserma era da idosa.
Por Werbete | 26/08/2023 - 17h30
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A idosa Camélia Rosa Lopes, de 81 anos, dona da casa em que foi encontrada uma ossada humana, no início da tarde dessa sexta-feira (25), em São Luís, deveria estar sendo cuidada por um curador, mas, ultimamente, não tinha quem a acompanhasse em sua vida solitária, no bairro do Cohaserma.

 

"Um curador especial, legalmente constituído pela Justiça. Dona Caméila não estava 100% sem assistência, era pra estar sendo assistida por esse curador, então, a partir desse momento, as autoridades deverão chamar essa pessoa e pedir esclarecimentos e saber o que aconteceu com ela", afirmou Deborah Cartágenes, presidente da Comissão Estadual do Direito da Pessoa Idosa.

Até o momento, não há confirmação de que a ossada humana era de Camélia, mas ela está desaparecida. Um laudo do Instituto Médico Legal (IML) está sendo elaborado para possivelmente confirmar que a ossada era da idosa, mas o resultado pode demorar semanas.

 

Camélia morava só

Por viver sozinha , dona Camélia buscava companhia em cerca de 150 cachorros que ela criava. Ficou conhecida por ser uma protetora de cães, tendo devotado parte considerável de sua vida ao cuidado dos animais.

 

“A dona Camélia era uma pessoa solitária, ela morava sozinha, não casou e não teve filhos. Temos notícia apenas de um irmão, com o qual ela não tinha relações familiares. A vida dela era inteiramente devotada a esses animais. Nós vamos tentar entrar em contato com essa pessoa (irmão da idosa)”, informou a delegada do Meio Ambiente, Débora Aiara.

  

Ainda de acordo a delegada, a grande quantidade de cachorros na casa da aposentada fez com que a Delegacia do Meio Ambiente instaurasse um inquérito para retirada gradativa dos cães da residência, já que havia muita sujeira no local e reclamações dos vizinhos em relação ao barulho.

O inquérito virou processo e entrou em estado de cumprimento de sentença, a qual determinou a retirada dos animais de forma gradativa, pois o município de São Luís não tem um local que consiga comportar, de uma vez, uma grande quantidade de animais.

 
Fonte: g1